segunda-feira, 30 de maio de 2016

OS ESTRELISMOS NO MOVIMENTO PROLETÁRIO.

  O Capital tem realmente um poder muito grande, que não se pode menosprezar. São as regras de conduta tornadas hegemônicas, a moral, sua moral, que não tem nada a ver com aquilo que deve balizar a moral do ser humano, mas que são alçadas à condição de moral de toda a sociedade. O Capital tem, ainda, a escola e a mídia, instrumentos por excelência de propagação do status quo vigente. E sobretudo, tem a religião, que possui um poder enorme sobre a consciência coletiva, e através desse poder se torna um obstáculo efetivo contra toda possibilidade de surgimento de uma vontade de resistência e mudança da barbárie em que vivemos. A religião nos entorpece, fazendo-nos crer que o mundo iníquo no qual vivemos deve ser aceito como normalidade, pacivamente. É estarrecedor como a religião, onde quer que tenha existido, se constituiu num instrumento de dominação da maioria despossuída, alijada da apropriação dos meios de produção garantindo por meio da dominação das mentes os privilégios de uma minoria ínfima. Na antiguidade, os reis eram proclamados como encarnação da divindade. Na Idade Média, os reis, senhores feudais aos quais centenas de seres humanos deviam obrigação, além de suas vidas, vontades e manutenção, justificavam seus privilégios e de toda a casta da corte, as relações sociais de produção, e a posição das pessoas em relação aos meios de produção, como uma questão de direito divino. Atualmente, o engessamento das mentes se dá pela ideia de que esse mundo não nos pertence, devendo contentarmo-nos as penúrias da vida, sem murmuração e rebeldia, porque nossa recompensa virá em outra vida. Daí o casamento perfeito entre religião e Estado, outro instrumento de manutenção da dominação.
  No entanto, o maior estrago para a classe proletária tem sido feito por aqueles que dizem representá-la. A atuação dos partidos ditos de esquerda, sindicatos ( a maioria deles pelegos) e pretensos líderes trabalhistas têm representado uma verdadeira castração para a consciência coletiva proletária. O maior exemplo de desserviço prestado é representado, sem dúvida alguma, pela década de governo do PT. O PT sozinho conseguiu destruir, em uma década, toda construção no sentido da politização da classe trabalhadora. Um serviço que nem a ditadura militar conseguiu lograr êxito. Da mesma forma, muitos dos assim chamados líderes dos trabalhadores têm atuado, não no sentido da organização da resistência e da luta contra a exploração crescente em era de globalização e neoliberalismo, mas objetivando utilizá-la como trampolim para carreiras políticas que não guardam nenhuma relação com a libertação proletária. Daí os estrelismos e excesso de ego tão presentes, e que se tornam um entrave a toda real possibilidade de gestação de um outro modelo socioeconômico, que não esteja baseado na exploração alheia.

sábado, 28 de maio de 2016

MEDO DA DISPUTA ELEITORAL.

  Antes de mais nada, não voto de forma alguma em Arnaldo Viana. Mas estava ouvindo agora há pouco uma determinada rádio da cidade, na qual dois "papagaios de pirata" de Garotinho perderam um bom tempo (creio que pela ótica deles, na verdade o tempo despendido não foi gasto, mas investimento) porrando o nome de Arnaldo Viana: que Arnaldo teve recurso indeferido pelo Tribunal de Contas, que Arnaldo é uma força política morta, que Arnaldo, se candidato, não teria voto nem para ser o vereador mais votado e bla, bla, bla,bla. Eu creio que, na verdade, ao contrário do que afirmam, o que ocorre é que o grupo que tomaram de assalto a prefeitura de Campos tem é um tremendo medo de cair num embate com o ex-prefeito Arnaldo Viana! Porque há um ditado popular que diz que ninguém bate em cachorro morto. O grupo que está aí vive arrotando que os governos passados fizeram e aconteceram, um monte de impropriedades quando ocupavam a Administração municipal. De fato isso ocorreu, mas a turma atual não fica atrás, haja visto que, em aproximadamente oito anos de governo (eu diria desgoverno), a atual administração não conseguiu fazer o município se tornar independente dos repasses dos Royaties. Ao contrário, levou o município à bancarrota, submetendo-o a vários empréstimos, dando como garantia um recurso que não controla, que são as arrecadações futuras. Ou seja, a prefeitura de Campos vai passar de uma das mais abastadas do país, para uma prefeitura endividada. O atual governo vai entregar para o próximo um pepino enorme para descarcar, uma porção de dívida para administrar. E depois somente os outros são incompetentes! Para finalizar, é bom não deixarmos cair no esquecimento o fiasco que foram as eleições passadas para governados, na qual o coronel da região ficou de fora até mesmo do segundo turno!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

AS MARIONETES.

Antes de mais nada, para efeito de esclarecimento aos desavisados, o PT e o governo Dilma não me representam. Não me representam porque, ao longo do tempo em que estiveram no poder, não governaram efetivamente para a classe dos trabalhadores, se limitando somente à concessão de meras migalhas, enquanto o bolo todo foi usufruído pela minoria que sempre se regalou com ele. No entanto, depois dos acontecimentos dos últimos dias, gostaria muito de saber como estão todos aqueles defensores da "moral" e dos "bons costumes" que tão ardorosamente clamaram pelo impeachment de Dilma. Como estão ao saberem que, na verdade, o que ocorreu é que foram usados como marionete por um grupinho que não está nem aí para o combate à corrupção, mas visavam, de fato a manutenção de outros interesses inconfessáveis. Ou não caiu a ficha ainda que vocês, de fato, serviram de "boi de piranha"?

sexta-feira, 22 de abril de 2016

SOBRE O PLANO DAS OPERADORAS DE INTERNET EM LIMITAR FRANQUIA DE DADOS.

   Caso a intenção das operadoras de internet em pôr limites à franquia de dados vigore, será mais uma prova eloquente de que o Estado brasileiro definitivamente não existe para representar os interesses dos brasileiros, mas sim para, aliado às empresas e ao capital, estes sim os verdadeiros cidadãos brasileiros, espoliarem os já famigerados indivíduos deste miserável país. Fará coro com o geógrafo Milton Santos, para o qual a única democracia no Brasil é a "democracia das empresas". Será a prova cabal de que somos unicamente um mercado, não uma sociedade.
Nenhuma razão de orgulho em ser brasileiro ou estampar, orgulhoso, um pano verde e amarelo ao qual chamam bandeira.   

OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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