domingo, 28 de março de 2010

MARINA SILVA : QUE DECEPÇÃO!


A pré candidata do PV à presidência da república, Marina Silva, afirmou na sexta-feira, dia 19/03, que sua candidatura não é de direita nem de esquerda. Tudo bem se fosse só para angariar apóio. O problema é que sua dita agenda, bem ao contrário do que ela mesma afirmou, é bem de direita. Mostra sua opção no caso fantasioso de um futuro governo seu: autonomia do Banco Central, manutenção do superavit primário, etc,etc. Ou seja, uma plataforma que, não sendo de direita nem esquerda agrada sobremaneira o capital financeiro, que tem interesses bem diferentes dos milhões de miseráveis e trabalhadores subsalariados aos quais ela pretenderia presidir.
É incrível como discursos e atos pretensamente neutros assumem e defendem valores completamente burgueses, do interesse do Capital. Porque o dinheiro que ela pretende economizar por meio do superavit, destinado para o pagamento de banqueiros que sugam o Estado como sanguessugas, é o mesmo que há décadas deixa de ser investido em nossa infraestrutura, que deixa os hospitais públicos, principalmente os dos grandes centros, sem condições de operarem, que sucatea as universidades públicas. Enquanto Marina prioriza enriquecer ainda mais os bancos, o ensino fundamental brasileiro continua lastimável, o médio ensina enormemente mal e o ensino superior que é oferecido é, em sua maior parte, em instituições privadas ineficientes que graçam pelo território nacional ou por meio da falácia do ensino à distância.
Como uma pessoa dessa permaneceu tanto tempo filiada a um partido de trabalhadores?
Uma facanha dessa só se deu pelo saco de gatos que o PT se tornou, embora não o iguale a um governo PSDB. Porque Marina Silva não escolheu o PSDB ou o DEM(O)? É bem mais sua cara!
Não se enganem, a luta de classes não terminou! Os trabalhadores desse país não têm nenhum motivo para votarem em Marina Silva, e muito menos em José Serra.

segunda-feira, 22 de março de 2010

OPORTUNIDADE PERDIDA


Foi lamentável a manifestação, seria melhor dizer falta de manifestação, ocorrida nesta quarta-feira na cinelândia, no Rio de Janeiro. Foi uma enorme perda de oportunidade de mostrarmos nosso descontentamento para com as tentativas de espoliação ensaiadas pelo Congresso Nacional. Num momento em que os representantes dos outros estados, em Brasília, tentando fazer jogo de cena para seus pretensos eleitores, articulam, macomunados, assaltar-nos e ao estado do Espírito Santo, nossa voz de protesto se limita a um show. Enquanto nossas autoridades, principalmente o governador do estado, simplesmente se calam. Foi uma forma de "manifestação" bem ao estilo brasileiro. Ou seja, enquanto o "bicho pega" nós pulamos e cantamos. Talvez, para não se desgastar junto ao presidente Lula, nosso nobre administrador estadual tenha, mais uma vez, se utilizado desse jeito de nada dizer.
Por outro lado, a (des)manifestação deixou a desejar nas palavras da própria prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, que, segundo o sítio da prefeitura, disse ter ficado decepcionada com a organização do ato público realizado pelo governador Sergio Cabral. Segundo ela, o público presente ao protesto não ouviu o clamor das autoridades em defesa dos royalties para municípios e estados produtores. Mas será que só depois do dito manifesto é que ela ficou sabendo de como seria, quando toda a mídia já anunciava?
Pô pessoal, sem querer ser do contra, mas será que essa galera toda que diz nos representar, com todo esses anos de praia, "pagarem um mico" desses! Porque quem vai acabar pagando o pato por causa da bajulação e negrigência dessa turma é a população fluminense.

FOTO:www.noticias.r7.com

quarta-feira, 3 de março de 2010

PRA INGLÊS VER ...

"O Rio de Janeiro tem saída, mas o governador precisa entender que ela não está no Galeão, lugar que ele mais frequenta do que outras áreas do Rio de Janeiro. O governador do Estado do Rio de Janeiro primeiro anunciou que contrataria Rudolph Giuliani, ex-Prefeito de Nova Iorque, para resolver o problema da violência na cidade. Não fala mais sobre o Rudolph Giuliani, mas, agora, o Governador ressuscita Tony Blair. Por que trazer o Tony Blair, o mesmo que foi responsável por fazer ingressar a Inglaterra naquela guerra insana do Iraque? Uma denúncia dava conta de que o Iraque teria armas de destruição em massa, versão que foi comprovadamente desmentida e desmascarada. Tony Blair é um dos grandes responsáveis por uma das maiores atrocidades da história recente mundial e o Governador Sérgio Cabral entende que a solução para o Rio de Janeiro está no Tony Blair. O Governador precisa tomar vergonha na cara! É uma proposta indecente, aviltante, ter um funcionário público tão mal pago e ele dizer que contratará o Tony Blair para resolver os problemas do Rio de Janeiro. Isso é desrespeitoso!".
Leia na íntegra a crítica feita por Marcelo Freixo às propostas de contratações internacionais de Cabral em www.marcelofreixo.com.br/site/index.php.

segunda-feira, 1 de março de 2010

GRÉCIA: A GREVE DE 10 DE FEVEREIRO DE 2010.


Dezenas de milhares de trabalhadores e empregados, tanto do setor privado como do público, responderam ao apelo à greve da Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), uma frente de sindicados de classe na Grécia. O PAME efetuou comícios de massa em 66 cidades por todo o país, ao mesmo tempo que 300 sindicatos primários e secundários (sindicatos, centros sindicais, federações industriais) do setor público e privado decidiram participar da greve. O êxito da greve foi mais uma resposta às medidas antipovo anunciadas pelo governo social-democrata do PASOK tais como redução de salários e pensões, aumento da idade de aposentadoria. Os trabalhadores viraram as costas ao apelo do governo ao compromisso "a fim de salvar o país" da crise. Eles mostraram que a Grécia não está em perigo de bancarrota e que o grande capital é o responsável pelos déficits e pelas dívidas. Foi o grande capital que antes e durante a crise fez lucros fabulosos chantageando os estratos trabalhadores e populares e colocando o fardo da crise sobre os seus ombros.

Desde a madrugada de 10 de Fevereiro milhares de trabalhadores e estudantes juntaram-se nas linhas de piquetes nos portões das fábricas e outros locais de trabalho. Grandes unidades industriais, companhias multinacionais, estaleiros de construção e o maior porto da Grécia, no Pireu, pararam. A árdua batalha de preparar a greve, os piquetes, a denúncia do compromisso das forças conduzidas pelo patronato e do sindicalismo amarelo que controla as confederações de trabalhadores do setor privado (GSEE ) e do setor público (ADEDY) fortaleceram a classe trabalhadora na Grécia. Também deve ser observado que o GSEE continuou as suas táticas de rompimento de greves e não organizou a greve, apoiando portanto o governo. Por outro lado, o ADEDY apelou a uma greve em 10 de Fevereiro e organizou um comício no centro de Atenas, embora com escassa participação.Em contrapartida, dezenas de milhares participaram no comício de massa do PAME em Atenas, o qual foi feito junto ao Parlamento grego. Apesar da chuva, o povo trabalhador condenou a política antitrabalho, antipovo e o ataque do bloco negro constituído pelo governo juntamente com o patronato, a UE e os partidos da plutocracia que instam a classe trabalhadora a fazer os "sacrifícios" que a UE e o governo pedem. Em contrapartida, dezenas de milhares participaram no comício de massa do PAME em Atenas, o qual foi feito junto ao Parlamento grego. Apesar da chuva, o povo trabalhador condenou a política antitrabalho, antipovo e o ataque do bloco negro constituído pelo governo juntamente com o patronato, a UE e os partidos da plutocracia que instam a classe trabalhadora a fazer os "sacrifícios" que a UE e o governo pedem.
Vasilis Stamoulis, presidente da federação sindical dos trabalhadores da indústria têxtil fez um discurso no comício. Representantes do movimento dos camponeses do All Peasants' Militant Rally [PASY] e do Pan-Hellenic Coordination Committee, dos auto-empregados, também fizeram uma saudação. Uma delegação do CC do KKE (Partido Comunista da Grécia) encabeçada pela secretária-geral do Comitê Central (CC), Aleka Papariga, participou do comício. Após o comício de massa seguiu-se uma marcha de protesto nas ruas centrais de Atenas até o Ministério do Trabalho. Os manifestantes tornaram claro que não farão qualquer sacrifício para a plutocracia e exigiram:

• emprego estável para todos

• 7 horas de trabalho por dia, 5 dias por semana

• Salário mínimo de 1400 euros

• reforma aos 55 anos para as mulheres e de 60 para os homens, aos 50 e 55 para as ocupações de risco

• medidas para protecção substancial dos desempregado e das suas famílias e não cupons de caridade para os supermercados

• 1120 euros de subsídio de desemprego para todo o período do desemprego sem quaisquer condições ou pré requisitos

• plenos cuidados de saúde e farmacêuticos

• tributação drástica das grandes empresas em 45%. Abolição de todos as isenções e privilégios fiscais.

Declaração da secretária-geral do CC do KKE, Aleka Papariga, no comício do PAME:

"Não prestem atenção ao que eles estão a dizer! O resgate de banqueiros, industriais e comerciantes atacadistas é a única coisa com que eles se preocupam.

"Eles trarão medidas ainda piores a menos que o povo trabalhador trave esta onda de medidas, a menos que desafiem os ditames do governo.

"Por isso, bloqueio a estas medidas, levantamento e luta constante! Novos golpes estão a vir na segurança social e na tributação. Bloqueio ao seu avanço! Não acreditem neles! Virem-lhes as costas!"

(Obs.:Matéria extraída na íntegra do site:www.cecac.org.br/MATERIAS)

OS DESAFIOS PARA A ESQUERDA.

 

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